A Boa Vista Ultramaratona 150km non-stop, prova que já está institucionalizada em Cabo Verde, realiza-se nos próximos dias 8 e 9 de Dezembro.
Esta maratona, que já vai na sua 7ª edição, contará com a presença de 37 atletas e será feita no tempo máximo de 60 horas. De acordo com Piergiorgio Scarameli, organizador da Boa Vista Ultramaratona, esta é uma competição internacional non stop onde, à semelhança das edições anteriores, os atletas terão auto-suficiência alimentar ou seja, cada atleta carrega consigo alimentos para toda a maratona e um kit de sobrevivência, que compreende uma mochila, cobertor, light com bateria, bússola, faca, isqueiro, espelho, apito, desinfectante e óculos de sol. Já a organização responde pela assistência médica e oferece água aos participantes. Esta corrida internacional, que terá a duração máxima de 60 horas, integra a categoria “no-limit”, que é praticada e conhecida, sobretudo nas zonas desérticas, mais precisamente em Marrocos, Líbia, Argélia, Mauritânia, Rússia, Estados Unidos, África do Sul e Chile. Em Cabo Verde, começou a ser disputada de forma ininterupta desde 2000. “Este ano teremos a participação na prova de 15 cabo-verdianos, dois guineenses, um francês, três alemães, cinco espanhóis, onze italianos, perfazendo um total de 37 atletas, sendo 34 homens e três mulheres”, informa Piergiorgio Scarameli. Conforme o programa, os atletas europeus chegam à ilha da Boa Vista no dia 5 de Dezembro. Para o dia 7 está previsto o controlo obrigatório dos equipamentos de sobrevivência e no dia seguinte, 8, acontecerá o arranque da prova a partir da praça Santa Isabel, Vila do Sal-Rei. A chegada dos atletas no primeiro posto de controlo está previsto para as três horas da madrugada do dia 9, depois de mais ou menos 20 horas de corrida. Piergiorgio Scarameli, que é ultramaratonista e presidente do Boa Vista Marathon Club, mostra-se satisfeito com a realização de mais uma edição desta competição internacional que, a seu ver, dá visibilidade desportiva ao atletismo cabo-verdiano e apresenta o país como destino turístico na Europa e no mundo inteiro. “Cabo Verde tem atletas fortes, que podem no futuro representar o país no campeonato do mundo de 100km ou nas maratonas clássicas. Mas, para isso, é preciso incentivar os jovens a participar nesta prova, que pode funcionar como uma alavanca para o atletismo nacional.
Fonte: "A Semana-Lance"
Fonte: "A Semana-Lance"
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